A ampliação do cemitério municipal de Itatiaia, quase um ano depois de inaugurada, ainda impressiona, surpreende e recebe críticas. Poucos aprovam a forma como os novos túmulos foram construídos. A prefeitura diz que não teve outra opção, por falta de espaço, e que a construção de um cemitério novo só será possível depois das licenças exigidas por lei, o que pode levar vários anos. O mau cheiro de cadáveres em decomposição sentido pouco depois da inauguração, pelo menos, parece que já foi resolvido.
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Numa área de aproximadamente 600 metros quadrados, localizada na parte dos fundos do antigo cemitério, foram construídos os novos sepulcros. O projeto surpreende. Foram construídos quatro túmulos inteiriços e paralelos, de mais ou menos 30 metros de comprimento cada, e que contém, cada um, dez cubículos, cada um deles para o sepultamento de oito corpos. Cada cubículo tem três por três metros, com outros três metros de altura. Dentro de cada cubículo existem quatro gavetas de cada lado, uma sobre a outra, com um corredor de um metro de largura no meio. Uma pequena abertura permite a passagem do caixão e do funcionário que faz o sepultamento. As duas gavetas de cima estão acima do nível do solo, mas as outras seis ficam abaixo do chão, sendo que as duas de baixo, lado a lado, estão a 2,5 metros de profundidade.
No sepultamento, um funcionário passa pela abertura frontal do cubículo, desce por uma pequena escada de madeira, fica em pé no corredor no fundo, pega o caixão que lhe é passado por outros funcionários, e o coloca numa das gavetas, que recebe cal virgem e é fechada com três placas de concreto e argamassa. O espaço do corredor é apertado e o servidor da prefeitura faz o serviço com alguma dificuldade. A portinhola de entrada só é lacrada depois de o cubículo ficar lotado com os oito cadáveres. Os 40 cubículos construídos totalizam 320 gavetas, para igual número de corpos. Muitos já estão ocupados.
No sepultamento, um funcionário passa pela abertura frontal do cubículo, desce por uma pequena escada de madeira, fica em pé no corredor no fundo, pega o caixão que lhe é passado por outros funcionários, e o coloca numa das gavetas, que recebe cal virgem e é fechada com três placas de concreto e argamassa. O espaço do corredor é apertado e o servidor da prefeitura faz o serviço com alguma dificuldade. A portinhola de entrada só é lacrada depois de o cubículo ficar lotado com os oito cadáveres. Os 40 cubículos construídos totalizam 320 gavetas, para igual número de corpos. Muitos já estão ocupados.
Valter Lúcio da Silva, ex-secretário municipal de obras e atual secretário de meio ambiente, e que foi responsável pela construção dos novos túmulos, diz que o projeto, que custou R$ 80 mil, foi uma adaptação do que existe no Portal da Saudade, em Volta Redonda, e garante que todas as normas exigidas por entidades como a Feema foram respeitadas. Dentro dessas exigências, explica ele, está o afastamento dos mausoléus entre cinco e sete metros dos muros, com essa área gramada, e a colocação de canos para retirada do gás formado com a decomposição dos corpos. Valter confirma a denúncia dos moradores próximos de que não existem canos de drenagem da chuva dentro dos cubículos, mas ele garante que isso não representa problema, pois “todas as gavetas estão impermeabilizadas”.
Um comentário:
Até hoje não consegui entender essa ampliação do cemitério. Na minha opinião foi um desperdício de dinheiro público. Fui ao sepultamento da minha sogra e pude observar o sofrimento dos coveiros para manipular o caixão. Esse clima não tá legal!!!
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