Academia comemora 100 anos do Núcleo Colonial de Itatiaya

A Academia Itatiaiense de História comemorou seu 16º aniversário numa solenidade realizada no plenário da Câmara Municipal (31 de maio), reunindo acadêmicos, autoridades e convidados, entre eles a presidente da instituição, Alda Bernardes de Faria e Silva e o coronel Cláudio Moreira Bento (foto acima, de Márcio Fabian), o prefeito Jair Alexandre Gonçalves e o juiz aposentado Antonio Sebastião de Lima (os quatro formaram a mesa de honra) e os secretários municipais Carlos Eduardo Zikan, Altamir Bossan, Samuel da Silva Grijó e, da Associação dos Amigos do Itatiaia, Maria Tereza Mehr. Na oportunidade também foram comemorados o 19º aniversário do município e o centenário do Núcleo Colonial Itatiaya. Na abertura, o pelotão da bandeira do Colégio Municipal Reinaldo Maia Souto, composto por 11 alunos do 6º ao 9º ano, e portando as bandeiras do Brasil, do Estado do Rio, de Itatiaia e do colégio, acompanharam os hinos nacional e de Itatiaia.

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Juiz Antonio Sebastião de Lima, a presidente da Acidhis, Alda Bernardes, eu (que atuei como mestre-de-cerimônias) e o prefeito Jair Alexandre Gonçalves - foto de Márcio Fabian

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A jornalista Célia Borges contou a história dos 100 anos do Núcleo Colonial Itatiaya, desde quando, em 1908, o governo do estado, representando a União, propôs ao Comendador Henrique Irineu de Souza, filho e herdeiro do Visconde de Mauá, a compra do conjunto de fazendas de sua propriedade no maciço do Itatiaia, de 48 mil hectares, englobando sete fazendas e suas benfeitorias, ao preço de 130 contos de réis, e que pouco mais tarde foram divididos em dois núcleos, o de Itatiaia e o de Visconde de Mauá, com lotes rurais de 25 hectares e urbanos de três mil metros quadrados. De acordo com a jornalista, os primeiros colonos começaram a chegar nesse mesmo ano, quase todos da Europa, como as famílias Walter, Daigelle, Spanner, Buller, Butner, Simon, Zikan e Camejo. Célia Borges também falou sobre o trabalho de alguns desses colonos e da implantação do Parque Nacional do Itatiaia, em 1937, e que englobou parte dos lotes (veja o texto completo da jornalista neste blog, no dia 4 de junho).
Completando a história do Núcleo Colonial de Itatiaya, Paulo Roberto Zikan apresentou uma série de fotografias em data-show, mostrando a vida e as primeiras obras dos antigos colonos, como a primeira sauna construída no Brasil, na pensão do lote 128 da família Walter, por volta de 1927, por Toivo Uuskallio e Toivo Suni, que fundariam depois a colônia finlandesa de Penedo, a primeira ponte do Maromba e uma foto da década de 1920 da Fazenda Itatiaia, no alto da serra, entre várias outras. As imagens emocionaram alguns dos presentes, entre eles parentes dos antigos colonos.

Eliana Maia Gouvêa falou sobre os 16 anos da academia, e que teve início com o coronel Bento e a fisioterapeuta e “historiadora de coração” Alda Bernardes, no dia 1º de junho de 1992, e mostrou que hoje já são 35 os patronos, escolhidos “dentro do mais puro amor” por Itatiaia, e cujas cadeiras estão ocupadas por pessoas comprometidas com a divulgação da história do município. Eliana falou também que a Acidhis já promoveu exposições filatélicas, de artes plásticas e fotográficas, participou de eventos na área de história, arte e cultura, e publicou textos impressos e virtuais e a Revista da Acidhis, com coletâneas de vários trabalhos de pesquisa dos acadêmicos, além de promover apresentações orais e pequenos saraus com poesia.

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Annamaria Dile de Albuquerque, a assessora da Câmara, Marlene Modesto, Célia Borges e Eliana Gouvea - foto de Márcio Fabian

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Paulo Roberto Zikan, o secretário da Acidhis Carlos Lima, Ângela Maria Campos e Maria Tereza Mehr

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Ângela Maria da Silva Campos falou sobre a história de Itatiaia, desde as antigas fazendas de café até as diversas tentativas de emancipação do ex-distrito de Resende, que acabou se concretizando no dia 1º de junho de 1989. Cláudio Moreira Bento falou sobre o centenário do General Osório e o bicentenário da imprensa no Brasil.

A Acidhis também concedeu a primeira comenda "Honra Mérito Histórico Cultural" – a mais alta honraria da entidade –, à sua fundadora Alda Bernardes, por seu trabalho à frente da entidade e por estar colecionando, há quatro décadas, o maior acervo histórico de Itatiaia, com peças e documentos, e que poderá formar o Museu do Café. Alda recebeu a honraria do seu idealizador, coronel Cláudio Bento. A professora e jornalista Annamaria Dile de Medeiros e Albuquerque fez a saudação, com a leitura do currículo do Barão Homem de Melo, patrono da academia, e o de sua presidente, agora comendadora. Após os discursos dos integrantes da mesa de honra o evento terminou com um coquetel de confraternização.

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