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18 de julho de 2008

Justiça eleitoral recebe dois pedidos para impugnar a candidatura de Almir Dumay

O prefeito Jair Alexandre Gonçalves e o presidente da Câmara Municipal, Sebastião Mantovani, ambos do PSDB, e o Ministério Público Eleitoral entraram com pedidos de impugnação do registro de candidatura do ex-prefeito Almir Dumay Lima (PMDB). Juntos, os dois processos somam mais de 500 páginas, e reunem pareceres técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e cópias de vários processos que Dumay responde na Justiça, com acusações de improbidades administrativas e denúncias de superfaturamento de valores de obras públicas, favorecimento para amigos e empresa própria em licitações e fracionamento de contratos para permitir modalidade licitatória mais simples, entre outras. Dumay, que teve as contas de 2004 na prefeitura reprovadas pela Câmara Municipal e pelo TCE, também responde a um processo penal, por desobediência a ordem judicial. O ex-prefeito tem até este domingo para se defender.
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Almir Dumay, no dia da convenção do PMDB
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Dumay, segundo o Ministério Público, usou de artimanhas para protelar ao máximo o andamento das ações civis públicas contra ele, como no caso em que um processo foi retirado do cartório por um de seus advogados e só retornou “longos oito meses” depois, após o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. Promotores também entraram com uma ação penal contra o ex-prefeito por desobediência a uma ordem judicial, que exigia o pagamento do décimo-terceiro salário dos servidores públicos até o último dia do mandato. Dumay não pagou, saiu do governo e deixou o débito para o sucessor Jair Alexandre, que fez o pagamento alguns dias depois de assumir o mandato. A promotora Adriana Vital de Matos, que assina um dos pedidos de impugnação, informa que o ex-prefeito, “desde a propositura da demanda criminal, não foi ainda notificado previamente”, porque “não é encontrado nos endereços em que procurado”. A promotora afirma ainda que “ao ver deste órgão ministerial, diante dos inúmeros graves episódios, fatos e condutas a ele imputadas quando de sua gestão”, Dumay “não preenche os requisitos necessários para ter a sua candidatura homologada pela justiça eleitoral”.
Por ordem judicial, Almir Dumay teve também seus bens indisponíveis até o valor de R$ 430 mil, por ter deixado prescrever dívidas ativas tributárias referentes a 1996 de 2.693 contribuintes, conforme relatório de inspeção feito pelo TCE. O caso das três lavanderias, que ganharam durante anos as licitações para serviços no hospital e creches municipais, e que depois ficou comprovado pertencerem a uma única pessoa, foi considerado pelo juiz Marvin Ramos Rodrigues Moreira como “gravíssimo, e que merece toda a atenção por parte deste juízo”. Os cinco servidores públicos envolvidos no processo tiveram seus bens indisponíveis, mas ainda não existe provas seguras de que o ex-prefeito teve ciência e participação nesse esquema de fraude nas licitações durante seu governo. Os promotores também denunciaram Dumay por beneficiar empresa da qual era “o sócio oculto”, quando, a partir de 1998, no primeiro dos seus dois mandatos seguidos, autorizou uma série de contratos “fracionados, para poder utilizar modalidade licitatória mais simples”, para a Engedux, uma empresa de engenharia de sua propriedade, com valores de até meio milhão de reais cada contrato, em valores da época.
No pedido de impugnação feito pelo prefeito Jair Alexandre e pelo presidente da Câmara Sebastião Mantovani, e que está assinado por dois advogados de um escritório de Niterói, é lembrado à justiça eleitoral que o ex-prefeito não teve probidade administrativa e moralidade no exercício dos seus mandatos, e que “considerar a vida pregressa do candidato assume importância de fundamento ético evidente no que diz respeito às inelegibilidades”. O processo cita as várias ações civis públicas contra o ex-prefeito, e que tiveram “como causa a malversação dos recursos públicos, com licitações fraudadas e superfaturamento de custos”, e a reprovação das contas do governo de Dumay de 2004, pelo TCE e pela Câmara Municipal, “em procedimentos a que lhe foram assegurados o princípio do contraditório e da ampla defesa” e dos quais “os impugnantes não guardam qualquer dúvida”. Assessores do ex-prefeito Dumay disseram que a defesa do candidato seria entregue nesta sexta.
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