Os servidores públicos de Itatiaia não receberam este mês os R$ 100,00 no cartão-alimentação, que n
ormalmente é pago pela prefeitura por volta do dia 15. Não existe previsão para o depósito, nem se ele voltará a acontecer este ano. O prefeito Jair Alexandre Gonçalves (PSDB - foto) disse que tudo dependerá do pagamento do IPTU pelos contribuintes, e que até o momento os cofres municipais têm menos R$ 4 milhões do que estava previsto na arrecadação do imposto. Os funcionários, porém, acreditam numa retaliação do prefeito por ele não ter conseguido a reeleição, e acham estranho só estar faltando dinheiro agora, enquanto nas prestações de contas o governo sempre mostrou boa saúde financeira.
Jair Alexandre disse que está finalizando as contas do governo para a transição, e que só poderá gastar dentro da previsão orçamentária, que não está se cumprindo. O maior vilão, segundo ele, é o IPTU, devido à grande sonegação que existe em Itatiaia, e que de uma arrecadação prevista no dia 30 de setembro de R$ 9,9 milhões até o final do ano, o governo recebeu até agora R$ 5,9 milhões.
ormalmente é pago pela prefeitura por volta do dia 15. Não existe previsão para o depósito, nem se ele voltará a acontecer este ano. O prefeito Jair Alexandre Gonçalves (PSDB - foto) disse que tudo dependerá do pagamento do IPTU pelos contribuintes, e que até o momento os cofres municipais têm menos R$ 4 milhões do que estava previsto na arrecadação do imposto. Os funcionários, porém, acreditam numa retaliação do prefeito por ele não ter conseguido a reeleição, e acham estranho só estar faltando dinheiro agora, enquanto nas prestações de contas o governo sempre mostrou boa saúde financeira.Jair Alexandre disse que está finalizando as contas do governo para a transição, e que só poderá gastar dentro da previsão orçamentária, que não está se cumprindo. O maior vilão, segundo ele, é o IPTU, devido à grande sonegação que existe em Itatiaia, e que de uma arrecadação prevista no dia 30 de setembro de R$ 9,9 milhões até o final do ano, o governo recebeu até agora R$ 5,9 milhões.
– Hoje acredito que ninguém vai pagar mais, é sempre assim no final de governo – diz o prefeito, que mostrou ainda que a prefeitura tem R$ 5,2 milhões em depósitos bancários, dos quais R$ 1,4 estão comprometidos para a saúde e R$ 1,3 para a educação. Ainda segundo o prefeito a folha de pagamento está em “cerca de 49 por cento”, abaixo dos 54 por cento exigidos por lei.
O cartão-alimentação é administrado pelo Visa por intermédio do Banco do Brasil, e foi disponibilizado para todos os servidores públicos do município, que mensalmente tinham à sua disposição cerca de cem reais para gastar com alimentos – “esse cartão foi feito por mim em 2005, para ajudar no momento de dificuldade dos servidores”, lembrou o prefeito. Todos os meses, a prefeitura fazia o depósito no banco, de cerca de R$ 200 mil mensais de recursos próprios, e 48 horas depois o cartão era liberado, e todo servidor podia fazer suas compras em qualquer cidade ou loja. Sem o depósito do governo e sem saldo o cartão não é liberado.
Em outras ocasiões o cartão também não foi liberado no dia 15, porque houve atraso no depósito pela prefeitura, e quando isso aconteceu alguns servidores desinformados passaram pelo constrangimento de ter que devolver as compras, porque não tiveram outra forma de pagar por elas. Isto voltou a acontecer esta semana, segundo alguns comerciantes da cidade, e funcionários desavisados acabaram tendo que devolver as compras do carrinho já no caixa do supermercado. Dos quase dois mil servidores da prefeitura que recebem o cartão, incluindo os celetistas, contratados e cargos em comissão, pouco mais de 500 ganham salário-mínimo, e esse dinheiro extra acaba fazendo bastante diferença no orçamento, já que representa o equivalente a quase três outros salários-mínimos por ano. Alguns funcionários também reclamam que ficaram com dívidas em alguns estabelecimentos, que sabendo do crédito mensal, liberaram mercadorias no mês passado acima do valor do cartão. Concursados chamados recentemente também não estão satisfeitos, e disseram que a prefeitura está deixando de pagar um benefício que está estipulado no edital do concurso.
O cartão-alimentação é administrado pelo Visa por intermédio do Banco do Brasil, e foi disponibilizado para todos os servidores públicos do município, que mensalmente tinham à sua disposição cerca de cem reais para gastar com alimentos – “esse cartão foi feito por mim em 2005, para ajudar no momento de dificuldade dos servidores”, lembrou o prefeito. Todos os meses, a prefeitura fazia o depósito no banco, de cerca de R$ 200 mil mensais de recursos próprios, e 48 horas depois o cartão era liberado, e todo servidor podia fazer suas compras em qualquer cidade ou loja. Sem o depósito do governo e sem saldo o cartão não é liberado.
Em outras ocasiões o cartão também não foi liberado no dia 15, porque houve atraso no depósito pela prefeitura, e quando isso aconteceu alguns servidores desinformados passaram pelo constrangimento de ter que devolver as compras, porque não tiveram outra forma de pagar por elas. Isto voltou a acontecer esta semana, segundo alguns comerciantes da cidade, e funcionários desavisados acabaram tendo que devolver as compras do carrinho já no caixa do supermercado. Dos quase dois mil servidores da prefeitura que recebem o cartão, incluindo os celetistas, contratados e cargos em comissão, pouco mais de 500 ganham salário-mínimo, e esse dinheiro extra acaba fazendo bastante diferença no orçamento, já que representa o equivalente a quase três outros salários-mínimos por ano. Alguns funcionários também reclamam que ficaram com dívidas em alguns estabelecimentos, que sabendo do crédito mensal, liberaram mercadorias no mês passado acima do valor do cartão. Concursados chamados recentemente também não estão satisfeitos, e disseram que a prefeitura está deixando de pagar um benefício que está estipulado no edital do concurso.
10 comentários:
Que papelão do Jair tirando o vale alimentação dos funcionários. Boa sorte a você, Luis Carlos, e espero que o vale volte e seja respaldado por lei para ser perene.
Rui Camejo: sou professor da rede municipal de Itatiaia, e por saber que é um jornalista preocupado com as condições de trabalho dos funcionários do município, vejo que é uma das poucas pessoas a quem posso recorrer para defender nossos direitos. Sei que já ajudou muitas professoras que foram chamadas nesse último concurso, e as defendeu, dando espaço no jornal para que elas tivessem garantidos os seus direitos. Pouco antes da derrota merecida que teve nas eleições, o sujeito que governa nossa cidade nos prometeu abonos mirabolantes e festas com super produção para o dia dos professores, e agora, de forma inescrupulosa, retirou o cartão alimentação de todos os funcionários, sem nenhuma explicação, o que deixou todos desesperados, pois para quem ganha o salário de fome que a prefeitura nos paga, R$100,00 no mês faz muita falta. Muitos já estão se endividando para conseguir garantir a alimentação dos familiares. O maior problema é que o secretariado desse bandido só diz que não sabe de nada e que ele pode tirar o benefício na hora que quiser, esquecendo-se que constam todos esses benefícios do edital do último concurso público, e que o cartão alimentação não é um benefício do governo municipal, mas sim um repasse de verbas do governo federal, que envia esse dinheiro por meio do ministério do trabalho. Gostaria muito de contar com o seu apoio nessa nossa luta para reaver nosso direito, pois sei que é muito difícil contar com o Sepe, que tem como seu representante na região um funcionário em cargo comissionado do prefeito, ele e a esposa dele, o que nos deixa mais perdidos e perturbados. Vários professores estão querendo se mobilizar para protestar em frente à prefeitura e exigir que pelo menos esse sujeito, que até o final do ano temos que chamar de prefeito, nos dê uma resposta e nos devolva o dinheiro que está nos roubando. Desde já agradeço sua atenção.
Rui, as reclamações, com razão, dos briosos Servidores Públicos de Itatiaia no tocante à retirada do cartão-alimentação pelo atual Alcaide, traz de volta a lembrança do nosso saudoso Ulysses Guimarães e sua viva frase: "Não é feio perder eleição; feio é não saber perder eleição". Fui. Saravá.
A mentira tem mesmo perna curta... Pouco antes das eleições o prefeito apresentou uma prestação de contas dizendo que a prefeitura tinha muito dinheiro no banco, e agora, depois das eleições, diz que não tem nem para pagar um direito dos trabalhadores, como o cartão-alimentação? Quantas mentiras ou exageros ainda vão aparecer? O tempo dirá...
Como se não bastasse ter exigido que cada servidor, principalmente com cargo em comissão, fosse aos comícios e participasse das inaugurações da prefeitura, o Jair Alexandre agora penaliza TODOS nós, mesmo os que cumpriram as exigências anteriores, com a retirada do cartão-alimentação. É muita vingança para uma pessoa só. Estou me sentindo trouxa em dobro.
O prefeito que perde a eleição deveria deixar o poder de imediato, senão dá tempo dessas sacanagens. Acho que o senhor Luis Carlos Ypê vai ter surpresas desagradáveis quando assumir. Desse prefeito Jair a gente pode esperar tudo.
Por essas e outras o Jair já é quase ex-prefeito, e espero que não consiga voltar mais. Quer ser o gostoso e mandão em tudo, e não sabe perder. O ódio e a vingança são como veneno, prefeito, se lembre sempre disso, e pode matar.
Oi, Rui. Como um dos diretores do Sepe Itatiaia (além do Sepe Resende e do Sepe Central) quero esclarecer que solicitamos uma audiência com o prefeito Jair Alexandre na semana passada (e que deverá acontecer nesta sexta-feira, dia 24), e fomos à Câmara Municipal para pedir aos vereadores que garantam o apoio para que o cartão-alimentação volte a ser pago aos funcionários. Estamos entrando em contato com os colegas para que haja ao menos um representante de cada escola, além da direção do Sepe, na audiência. Informamos ao advogado do Sepe para que estude a possibilidade de apresentarmos uma medida jurídica utilizando o edital do concurso como uma das provas. Apesar das justificativas apresentadas pelo prefeito, através da imprensa, sobre o corte do benefício, reivindicamos que ele pague aos funcionários um abono emergencial no mesmo valor do cartão.
Antes apresentamos ao prefeito eleito, assim como aos outros candidatos na época, a carta-compromisso da educação, contendo 53 ítens reivindicatórios que englobam a valorização profissional, a política educacional e a gestão, sendo que o Luiz Carlos Ypê assumiu que irá executá-la durante seu governo, com a ressalva de que os ítens que dependerem de orçamento serão estudados em conjunto com o Sepe e a categoria. É importante ressaltar que já nos panfletos do prefeito eleito foram incluídos alguns pontos dessa carta-compromisso, que representam o acúmulo de nossas reivindicações ao longo desses anos, mesmo antes da instalação do primeiro governo em Itatiaia. Nossa luta não começou agora.
Quanto à afirmação do professor Felipe Falcão, em comentário aqui no seu blog, de que "não pode contar com o Sepe, que tem como funcionário em cargo comissionado do prefeito, ele e a esposa dele", esclareço que não temos e nunca tivemos nenhum cargo comissionado nesse ou em qualquer dos governos anteriores, e se o professor sabe de alguma portaria com a nossa nomeação, e que desconheço, peço que por favor nos apresente, pois outras pessoas estão recebendo em nosso lugar. No mais convido o professor Felipe Falcão (e os demais professores e funcionários de escolas) a se filiar ao Sepe e participar como militante de nossas atividades, pois certamente ir rever esse "pré-conceito" formado sobre a minha pessoa e essa entidade que sem dúvida é uma das principais responsáveis para que ele e os demais pudessem ter garantido o seu direito de fazer e ser chamado em concurso público, além de outros, como o plano de carreira do magistério. "O Sepe somos nós, nossa força e nossa voz".
Gostaria de ressaltar que este dinheiro do cartão que a prefeitura dava, não é dela, e sim verba do Governo Federal, do FUNDEB, e que foi tirado por retaliação do prefeito que não foi reeleito. Gostaria de saber se o mesmo não vai se candidatar mais a nenhum cargo público?
Prezado Rui. Isto é apenas a ponta do iceberg. A auditoria no início do novo governo é necessária como proteção do novo governante contra ataques futuros e como transparência a que o povo tem direito. Pelo menos parcela do povo de Itatiaia mostrou que não é vira-lata nestas eleições. Não vejo do que o povo desta cidade deva se envergonhar. Quando para cá me mudei, há cinco anos, fiz questão de transferir o meu título de eleitor e de colocar placa de Itatiaia no meu automóvel. Eu podia continuar com o título e a placa da capital, mas preferi me identificar com esta região que escolhi para desfrutar minha aposentadoria. Gosto daqui e não escondo de ninguém que aqui moro, seja de pessoas do Brasil, seja de pessoas do exterior. Aprecio muito as belezas naturais de Itatiaia e vejo seus habitantes como pessoas simples, tranquilas, de bem e muitas delas empreendedoras, lúcidas e bem informadas.
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