Cento e quarenta e quatro pessoas, entre atores profissionais, amadores e figurantes, estarão encenando a Paixão de Cristo nesta sexta-feira, às 18 horas, em Itatiaia, num dos maiores espetáculos teatrais da região. A encenação, grandiosa, conta com oito palcos montados no campo de futebol municipal, três telões (dois dentro do campo e um na rua lateral, que irão transmitir ao vivo detalhes do espetáculo para o público), e equipamentos de som e de iluminação de última geração, além de várias barracas e dez banheiros químicos. A enorme encenação teatral ao ar livre está sendo organizada pelo 17º ano seguido pela Paróquia de São José, mas este ano terá uma estrutura muito maior do que nos anos anteriores, por conta do apoio do prefeito Luis Carlos Ypê e da Prefeitura de Itatiaia – “se não fosse a ajuda da prefeitura não poderíamos apresentar esse trabalho, pois nossa paróquia não teria condições”, disse o padre João Solac, vigário paroquial.
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Os ensaios, ainda com os palcos em construção
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A expectativa dos organizadores é que pelo menos quatro mil pessoas assistam a encenação, que terá nove diretores coordenando as falas e os movimentos dos atores e figurantes pelos palcos e cenários, construídos em madeira, lona de navio e isopor. Foram mais de 30 ensaios até agora, que ocorreram duas vezes por semana desde o mês de janeiro, no salão paroquial, no teatro municipal e no campo de futebol. Como iniciativa inédita da organização, e visando projetar ainda mais o espetáculo este ano, três atores conhecidos da televisão estarão no elenco: Cláudio Heinrich, Gustavo Leão e Kléber Bambam. A direção do espetáculo é do grupo de teatro Fantasia, de Itatiaia, que é responsável pelo espetáculo há três anos. As várias dezenas de figurinos dos atores e figurantes foram confeccionados pela Cooperital, a cooperativa de costureiras recentemente criada em Itatiaia, tendo os tecidos sido doados pela prefeitura e por outras várias instituições do município.
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Cenas em oito palcos diferentes e até com cavalos
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Maurício Pereira de Souza, um dos diretores da encenação da Paixão de Cristo em Itatiaia, conta que resolveu fazer parte da equipe há quatro anos, depois de se sensibilizar ao assistir o espetáculo. Sua participação teve início como ator e, já no ano seguinte, passou a trabalhar como diretor de cenário.
– Quando comecei a trabalhar na encenação, o cenário era chapado, o figurino e a maquiagem eram simples, mas depois passamos a trabalhar com a técnica do relevo e o figurino ficou mais detalhado e, desde o ano passado a maquiagem tornou-se específica para cada personagem – contou.
A evolução da encenação também é ressaltada pelo ator amador Guilherme Ernesto de Andrade, que interpreta Jesus Cristo pelo quarto ano consecutivo. Ele conta que no início sofreu grande dificuldade na expressão corporal e que, ao longo destes últimos anos trabalhou e desenvolveu a técnica, e hoje se movimenta pelos cenários com mais desenvoltura. Guilherme disse que se encantou pela arte do teatro, e começou a participar da encenação da Paixão de Cristo em 2005 aceitando o convite de um amigo.
– Fiz o personagem de um carrasco na primeira vez, e no ano seguinte me propuseram o desafio de interpretar Jesus. Aceitei, decorei o texto e estou neste papel até hoje – contou, citando que sua maior responsabilidade no palco, muito mais do que interpretar a mais importante figura histórica da humanidade, também tem o propósito de evangelizar, seguindo o que é o principal objetivo da Paróquia de São José.Os ingressos para a encenação da Paixão de Cristo em Itatiaia poderão ser obtidos com a doação de um quilo de alimento não perecível (exceto sal), que devem ser levados a um dos seguintes postos de troca: Rádio Ofra (Rua Antônio José Pereira, 429, Vila Odete); Paróquia São José (Praça Mariana Rocha Leão); Xeque Mate (Rua Prefeito Assumpção, nº 150, Centro); Loja SM Company (Rua Ezequiel Freire, nº 81, Loja B, Centro, Resende). Os alimentos arrecadados serão entregues para a Sociedade São Vicente de Paulo, entidade que trabalha no auxílio e atendimento de pessoas carentes, idosas, abandonadas e crianças.
– Quando comecei a trabalhar na encenação, o cenário era chapado, o figurino e a maquiagem eram simples, mas depois passamos a trabalhar com a técnica do relevo e o figurino ficou mais detalhado e, desde o ano passado a maquiagem tornou-se específica para cada personagem – contou.
A evolução da encenação também é ressaltada pelo ator amador Guilherme Ernesto de Andrade, que interpreta Jesus Cristo pelo quarto ano consecutivo. Ele conta que no início sofreu grande dificuldade na expressão corporal e que, ao longo destes últimos anos trabalhou e desenvolveu a técnica, e hoje se movimenta pelos cenários com mais desenvoltura. Guilherme disse que se encantou pela arte do teatro, e começou a participar da encenação da Paixão de Cristo em 2005 aceitando o convite de um amigo.
– Fiz o personagem de um carrasco na primeira vez, e no ano seguinte me propuseram o desafio de interpretar Jesus. Aceitei, decorei o texto e estou neste papel até hoje – contou, citando que sua maior responsabilidade no palco, muito mais do que interpretar a mais importante figura histórica da humanidade, também tem o propósito de evangelizar, seguindo o que é o principal objetivo da Paróquia de São José.Os ingressos para a encenação da Paixão de Cristo em Itatiaia poderão ser obtidos com a doação de um quilo de alimento não perecível (exceto sal), que devem ser levados a um dos seguintes postos de troca: Rádio Ofra (Rua Antônio José Pereira, 429, Vila Odete); Paróquia São José (Praça Mariana Rocha Leão); Xeque Mate (Rua Prefeito Assumpção, nº 150, Centro); Loja SM Company (Rua Ezequiel Freire, nº 81, Loja B, Centro, Resende). Os alimentos arrecadados serão entregues para a Sociedade São Vicente de Paulo, entidade que trabalha no auxílio e atendimento de pessoas carentes, idosas, abandonadas e crianças.
Mais de 30 ensaios foram feitos pelos atores e figurantes até agora
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HISTÓRIA – A Paixão de Cristo vem sendo encenada em Itatiaia há 17 anos. O padre João Solac lembrou que nos anos anteriores a tradição da cidade era a realização de uma procissão do Cristo Morto, que acontecia na sexta-feira santa, no final da tarde. Segundo ele, a procissão vinha tendo uma motivação mais folclórica do que religiosa, e ele sentia falta de um ato litúrgico que recuperasse o cunho religioso da Semana Santa, reacendendo a emoção pela paixão de Cristo e ao mesmo tempo aproximando-se de parcelas da comunidade como os jovens, que vinham se afastando da igreja.
Em 1992, como pároco da Matriz de São José – função que ocupou por 12 anos – o padre João organizou a encenação pela primeira vez, e que aconteceu no interior da própria igreja, depois da procissão. Segundo ele, para muitos a sexta-feira já era a Páscoa, e a encenação foi uma forma encontrada por ele de levar os fiéis ao ritual da Semana Santa, não apenas na homenagem ao Cristo morto, mas a alegria pela ressurreição, que é um aspecto que, como contou, já vinha sendo valorizado pela igreja católica naquele momento.
– A igreja nos mostrava que é preciso evangelizar com novo ardor, com novos métodos, e a montagem da encenação da Paixão de Cristo foi uma oportunidade de por em prática esse novo conceito, despertando emoção merecida pelo sofrimento de Jesus, e por meio dessa emoção, atrair e despertar as crianças e os jovens para a fé – explicou ele.No primeiro ano a encenação foi bastante simples, feita com um mínimo de recursos, com poucas pessoas (quase todas adultos), e figurinos e cenários básicos, conseguidos prioritariamente da contribuição de voluntários. Mas o interesse foi crescendo, e a cada ano atraindo mais fiéis. O número de participantes aumentou, e o comércio passou a contribuir com mais generosidade para a confecção das roupas e cenários. Depois de pouco mais de uma década sendo feita dentro da igreja, e encenação cresceu tanto que começou a exigir novo e maior espaço.
Em 1992, como pároco da Matriz de São José – função que ocupou por 12 anos – o padre João organizou a encenação pela primeira vez, e que aconteceu no interior da própria igreja, depois da procissão. Segundo ele, para muitos a sexta-feira já era a Páscoa, e a encenação foi uma forma encontrada por ele de levar os fiéis ao ritual da Semana Santa, não apenas na homenagem ao Cristo morto, mas a alegria pela ressurreição, que é um aspecto que, como contou, já vinha sendo valorizado pela igreja católica naquele momento.
– A igreja nos mostrava que é preciso evangelizar com novo ardor, com novos métodos, e a montagem da encenação da Paixão de Cristo foi uma oportunidade de por em prática esse novo conceito, despertando emoção merecida pelo sofrimento de Jesus, e por meio dessa emoção, atrair e despertar as crianças e os jovens para a fé – explicou ele.No primeiro ano a encenação foi bastante simples, feita com um mínimo de recursos, com poucas pessoas (quase todas adultos), e figurinos e cenários básicos, conseguidos prioritariamente da contribuição de voluntários. Mas o interesse foi crescendo, e a cada ano atraindo mais fiéis. O número de participantes aumentou, e o comércio passou a contribuir com mais generosidade para a confecção das roupas e cenários. Depois de pouco mais de uma década sendo feita dentro da igreja, e encenação cresceu tanto que começou a exigir novo e maior espaço.
– Nós passamos para a praça Mariana Rocha Leão, em frente à igreja, onde a encenação foi feita durante algum tempo, mas também não era o local ideal, porque as árvores impediam que o público, que já chegava a umas duas mil pessoas, acompanhasse a cena. E havia também outros riscos, como o mau tempo e a falta de segurança, tanto para os atores quanto para os expectadores – comentou o padre.
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O ator amador Guilherme Ernesto de Andrade, que interpreta Jesus Cristo, e o padre João Solac.
Para João Solac, a Paixão de Cristo ter passado nos últimos anos para o estádio municipal foi uma ótima solução, já que o local comporta o público que vem sendo esperado, de cerca de quatro mil pessoas, como também é mais confortável para o elenco, que das cerca de 40 pessoas do início, passou para 144 atores e figurantes este ano. Outro motivo de satisfação para o padre é que um dos seus principais objetivos foi atingido, e hoje, segundo ele, cerca de 60% dos participantes da encenação são formados por jovens e adolescentes.
– Além da beleza da festividade e da oportunidade de levar essa emoção da paixão de Cristo aos fiéis, sinto uma grande alegria, pois não vejo outra forma de se evangelizar tantos jovens em tão pouco tempo, iniciando-os nos mistérios da Páscoa dessa forma tão dinâmica, como pela encenação – disse o padre, que hoje é o vigário paroquial, irmão do pároco Paulo Solac.
Padre João lembrou que a sexta-feira santa começa com a procissão da Via Sacra pelas ruas da cidade pela manhã. A encenação da Paixão de Cristo será às seis da tarde, e esse ano deverá ter sua versão mais completa e bem elaborada, resultado tanto do amplo apoio do prefeito Luis Carlos Ypê e da Prefeitura de Itatiaia, como também produto de todos esses anos de experiência.
FIGURINOS E CENÁRIOS – Osvaldo dos Santos Júnior é o autor dos cenários, e também diretor da encenação, que acompanha desde o início, tendo sido ator nas duas primeiras montagens. Ele conta que os cenários são compostos por painéis pintados sobre lona de navio e montados em estruturas de madeira, e que são desmontados e guardados de um ano para outro. Os figurinos, que no início eram concebidos em tecidos finos e brilhosos, vêm sendo trocados nos últimos anos por tecidos rústicos, ainda segundo Osvaldo, mais de acordo com a reconstituição da época, sendo que agora em 2009 a troca das novas roupas foi concluída, e elas poderão ser aproveitadas nas próximas encenações. Algumas partes do cenário, como as pedras feitas de isopor, estão sendo pintadas e talhadas de forma a também serem reutilizadas nas futuras montagens. Com o reaproveitamento de cenários e figurinos, o custo da encenação também tende a ser reduzido nos próximos anos, o que pode contribuir para sua continuidade e crescimento.
Para João Solac, a Paixão de Cristo ter passado nos últimos anos para o estádio municipal foi uma ótima solução, já que o local comporta o público que vem sendo esperado, de cerca de quatro mil pessoas, como também é mais confortável para o elenco, que das cerca de 40 pessoas do início, passou para 144 atores e figurantes este ano. Outro motivo de satisfação para o padre é que um dos seus principais objetivos foi atingido, e hoje, segundo ele, cerca de 60% dos participantes da encenação são formados por jovens e adolescentes.
– Além da beleza da festividade e da oportunidade de levar essa emoção da paixão de Cristo aos fiéis, sinto uma grande alegria, pois não vejo outra forma de se evangelizar tantos jovens em tão pouco tempo, iniciando-os nos mistérios da Páscoa dessa forma tão dinâmica, como pela encenação – disse o padre, que hoje é o vigário paroquial, irmão do pároco Paulo Solac.
Padre João lembrou que a sexta-feira santa começa com a procissão da Via Sacra pelas ruas da cidade pela manhã. A encenação da Paixão de Cristo será às seis da tarde, e esse ano deverá ter sua versão mais completa e bem elaborada, resultado tanto do amplo apoio do prefeito Luis Carlos Ypê e da Prefeitura de Itatiaia, como também produto de todos esses anos de experiência.
FIGURINOS E CENÁRIOS – Osvaldo dos Santos Júnior é o autor dos cenários, e também diretor da encenação, que acompanha desde o início, tendo sido ator nas duas primeiras montagens. Ele conta que os cenários são compostos por painéis pintados sobre lona de navio e montados em estruturas de madeira, e que são desmontados e guardados de um ano para outro. Os figurinos, que no início eram concebidos em tecidos finos e brilhosos, vêm sendo trocados nos últimos anos por tecidos rústicos, ainda segundo Osvaldo, mais de acordo com a reconstituição da época, sendo que agora em 2009 a troca das novas roupas foi concluída, e elas poderão ser aproveitadas nas próximas encenações. Algumas partes do cenário, como as pedras feitas de isopor, estão sendo pintadas e talhadas de forma a também serem reutilizadas nas futuras montagens. Com o reaproveitamento de cenários e figurinos, o custo da encenação também tende a ser reduzido nos próximos anos, o que pode contribuir para sua continuidade e crescimento.
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A vice-prefeita Gilda Molica e o prefeito Luis Carlos Ypê com o padre João Solac e diretores da encenação da Paixão de Cristo.
Para o padre João Solac a matemática que interessa, entretanto, é a da fé, e nessa, a encenação da Paixão de Cristo só tem dado lucros à paróquia de São José. Ele comemora que além das dezenas de jovens que integram o elenco, muitos outros estão envolvidos em atividades da igreja, inclusive em pequenos grupos, até mesmo dos bairros mais distantes. Segundo o vigário paroquial de Itatiaia, atualmente são mais de 120 jovens, e se não são tantos quanto ele gostaria, são um bom número para as circunstâncias. E a encenação da Paixão de Cristo desse ano, que promete ser uma das mais bonitas já realizadas em Itatiaia, tem tudo para aumentar ainda mais o interesse dos jovens e o contingente de participantes para as iniciativas da paróquia.
Para o padre João Solac a matemática que interessa, entretanto, é a da fé, e nessa, a encenação da Paixão de Cristo só tem dado lucros à paróquia de São José. Ele comemora que além das dezenas de jovens que integram o elenco, muitos outros estão envolvidos em atividades da igreja, inclusive em pequenos grupos, até mesmo dos bairros mais distantes. Segundo o vigário paroquial de Itatiaia, atualmente são mais de 120 jovens, e se não são tantos quanto ele gostaria, são um bom número para as circunstâncias. E a encenação da Paixão de Cristo desse ano, que promete ser uma das mais bonitas já realizadas em Itatiaia, tem tudo para aumentar ainda mais o interesse dos jovens e o contingente de participantes para as iniciativas da paróquia.
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