Moradores do África II, em Penedo, estão preocupados com os recentes deslizamentos de terra ocorridos no bairro. Ontem de manhã (30 de janeiro), depois de dois dias de chuva quase ininterrupta em Itatiaia, aconteceram dois desmoronamentos em locais diferentes, e que colocaram em risco pelo menos uma das casas, que pode desabar se o problema continuar. A moradora da casa mais atingida reclama que protocolou na Prefeitura de Itatiaia um pedido para que fosse feito um muro de contenção no local, mas que até agora não teve resposta. Na Vila Magnólia uma outra casa está em risco, por causa de um desmoronamento de terra também ocorrido na madrugada.
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O África II é um bairro formado por posseiros. Muitos moradores garantem que pagaram pelos terrenos, mas mesmo mostrando os recibos reconhecem que moram num local de invasão. Grande parte das casas é simples, mas existem também residências maiores, mais bem construídas, e alguns pequenos sítios. Parte das ruas foi asfaltada pela prefeitura. O bairro surgiu numa área montanhosa, e as ruas são um sobe e desce o tempo todo, com as casas sendo erguidas muitas vezes nos barrancos e encostas. Outros bairros nas imediações também surgiram assim, como o África I, o Jambeiro I e II e o Vale do Ermitão. Rede de esgoto não existe, e o encanamento de água potável não chega a todas as residências. Fios e postes levam energia elétrica para as casas, assim como também iluminação para as ruas, quando as lâmpadas não estão queimadas.
Ontem, por volta das oito da manhã, um forte barulho acordou a filha de Maria Helena Clara de Andrade, moradora há dez anos da casa mais atingida, de um quarto e ainda para ter as paredes rebocadas. A adolescente conta que se levantou e viu a terra desmoronada cobrindo a rua que passa um pouco abaixo da sua casa, e ficou mais assustada porque observou outras rachaduras no barranco encharcado. Com medo de um novo desmoronamento, saiu e foi chamar a mãe, que trabalha como doméstica numa casa num bairro próximo. Alguns móveis e eletrodomésticos já foram transferidos para a casa de amigos. Moradores ontem mesmo fizeram a retirada das pedras, raízes de árvores e da terra que desabou, para desobstruir a rua e para permitir a passagem das cerca de 25 família que moram no local.
Maria Clara conta que no dia 11 de dezembro passado esteve na prefeitura e protocolou um documento, sob número 010159-07, informando da gravidade do problema e pedindo providências para fazer um muro de contenção na encosta, mas que agora não teve resposta – “o pessoal da prefeitura esteve aqui, fotografou, mas não fez nada. Agora estou aqui, sem saber o que fazer, e com medo da minha casa desabar a qualquer momento”, diz ela. Pouco abaixo na mesma rua, um outro desmoronamento já levou parte da estrada para o quintal de uma casa, e a moradora, Maria Helena Salgado Alves, está preocupada com outros deslizamentos – “já retiramos a terra que invadiu nossa casa, e é só olhar e ver que mais terra pode ceder de novo”, observa a moradora. Na Vila Magnólia, Antonia Ramos dos Santos conta que acordou na madrugada de ontem com um forte barulho, e viu que tinha havido um desmoronamento, que colocou pelo menos uma casa em risco de desabamento.
Ontem, por volta das oito da manhã, um forte barulho acordou a filha de Maria Helena Clara de Andrade, moradora há dez anos da casa mais atingida, de um quarto e ainda para ter as paredes rebocadas. A adolescente conta que se levantou e viu a terra desmoronada cobrindo a rua que passa um pouco abaixo da sua casa, e ficou mais assustada porque observou outras rachaduras no barranco encharcado. Com medo de um novo desmoronamento, saiu e foi chamar a mãe, que trabalha como doméstica numa casa num bairro próximo. Alguns móveis e eletrodomésticos já foram transferidos para a casa de amigos. Moradores ontem mesmo fizeram a retirada das pedras, raízes de árvores e da terra que desabou, para desobstruir a rua e para permitir a passagem das cerca de 25 família que moram no local.
Maria Clara conta que no dia 11 de dezembro passado esteve na prefeitura e protocolou um documento, sob número 010159-07, informando da gravidade do problema e pedindo providências para fazer um muro de contenção na encosta, mas que agora não teve resposta – “o pessoal da prefeitura esteve aqui, fotografou, mas não fez nada. Agora estou aqui, sem saber o que fazer, e com medo da minha casa desabar a qualquer momento”, diz ela. Pouco abaixo na mesma rua, um outro desmoronamento já levou parte da estrada para o quintal de uma casa, e a moradora, Maria Helena Salgado Alves, está preocupada com outros deslizamentos – “já retiramos a terra que invadiu nossa casa, e é só olhar e ver que mais terra pode ceder de novo”, observa a moradora. Na Vila Magnólia, Antonia Ramos dos Santos conta que acordou na madrugada de ontem com um forte barulho, e viu que tinha havido um desmoronamento, que colocou pelo menos uma casa em risco de desabamento.
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SEM PLANEJAMENTO - O secretário municipal de obras, Sandro Machado Sarmento, afirmou que não soube de nenhum pedido da África II protocolado na prefeitura, e que no local do desmoronamento de ontem, ele mandou cortar recentemente a passagem de água de um cano porque recebeu reclamações dos moradores por causa de um vazamento. Sandro diz que não dá para se fazer muros de arrimo com chuva, e que o problema maior das casas nessas áreas de risco é que normalmente elas são construídas sem planejamento e sem plantas, por isso a prefeitura não pode avaliar os procedimentos técnicos. Quanto à informação de alguns moradores de que a prefeitura estaria entregando materiais de construção para as famílias poderem construir muros de contenção para proteger suas casas, o secretário diz que não é bem assim, e explica que a prefeitura, por meio da secretaria de assistência social, tem visitado e selecionado algumas famílias carentes e que moram em locais com risco de desabamento, e só nesses casos específicos tem ajudado com o material de construção.
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