A atriz Malu Mader esteve ontem (sábado) em Itatiaia para participar da abertura da II Mostra Nacional de Cinema, e para falar de seu filme Contratempo, o primeiro que atuou como diretora. A estréia da mostra atraiu poucas pessoas ao teatro municipal, que registrou apenas cerca de 50 pessoas. Faltou divulgação adequada, de novo, a esse novo projeto da prefeitura. O cartaz ficou pronto em cima da hora, e as filipetas com a programação só deverá estar concluída amanhã. A mostra de cinema continua até quinta-feira, sempre às 20 horas, e irá exibir no total 15 produções de curta, média e longa duração, realizados em diversas partes do país. A entrada é franca.
Foto de divulgação
A mulher do prefeito, Dulce Alexandre, e Malu Mader, ontem.
Malu falou antes da projeção de seu filme, e disse que estava muito feliz de estar exibindo seu trabalho em Itatiaia, que é a terra de sua mãe, Ângela Mader, e onde tem muitos amigos e parentes. A atriz foi muito simpática, e não recusou fotos e autógrafos dos fãs.
Contratempo é um documentário que conta a história de integrantes da orquestra do projeto social Villa-Lobinhos, onde jovens de comunidades carentes do Rio lutam para encontrar alternativas ao impasse social em que vivem. Malu Mader, que dividiu a direção do filme com Mini Kerti, buscou no trabalho fugir do romantismo e não hesitou em apresentar histórias que não deram certo, como os sonhos desfeitos e os caminhos que não foram os esperados por quem acompanha o trabalho do Villa-Lobinhos, uma escola que existe desde 2000, sob a administração de uma Ong, o Movimento Viva Rio, e que conta com o apoio do Instituto Moreira Salles e do Museu Villa-Lobos, e com a coordenação pedagógica do maestro Turíbio Santos.
De acordo com Silvana Medeiros, diretora de cultura de Itatiaia, a mostra de cinema tem como objetivo a difusão do audiovisual brasileiro e a formação de platéia no município – “Queremos oferecer para a população entretenimento de qualidade, através da exibição de filmes que dificilmente chegariam à cidade fora de uma mostra de cinema” – analisa.
Luís Arnaldo Gastão, um cinéfilo que é o curador da mostra, conta que buscou privilegiar a diversidade de temas e formas – “Entre os títulos selecionados estão A Capital dos Mortos, filme de terror sobre uma invasão de zumbis na Capital Federal e curtas como Depois de Tudo e Depois das Nove, ambos selecionados para o Festival de Brasília, que acontece no final deste mês" – explica. Vários outros filmes selecionados para a mostra tratam de questões culturais, como o próprio cinema em O Mundo de um Filme e Estafeta; a literatura em O Códice e o Cinzel; e o folclore de Calangos e Calangueiros.
3 comentários:
Estamos chegando ao final desse ano conturbado e Sucupira, quer dizer, Itatiaia, apresenta um de seus últimos capítulos. Uma mal planejada, mal divulgada e, certamente, inócua tentativa de atrair atenções para a cidade...
É lamentável e irritante. Faz lembrar a piada do cara que queria arrumar um emprego, de todas as formas, e mesmo tendo prá mais de dois metros de altura, se candidatou a um emprego de anão de um circo que passava pela cidade. Mesmo que as faixas solicitassem "PRECISA-SE DE ANÃO PARA O ESPETÁCULO", o sujeito ficou na fila junto com os baixinhos e, ao chegar sua vez, não perdeu a pose dizendo ao dono do circo: "Não faz mal ser tão grande... o senhor pode me anunciar como: O MAIOR ANÃO DO MUNDO!
Esse engodo parece tomar conta dos (argh!!) competentíssimos promotores de cultura e turismo de Itatiaia. Sem a menor cerimônia fazem uma pose tremenda para inaugurar e dar partida a eventos com nomes suntuosos que na verdade se traduzem em fracasso na cidade. Não trazem retorno algum. E se podem trazer, de alguma forma, é um nicho de pseudo-prestígio pessoal nas rodas de iludidos turismólogos (ouvi esse título certa vez em Maromba e, já ali, entendi o embuste que havia no pomposo título...) agraciados com o nepotismo que o país precisa extirpar com urgência.
Cultura e Turismo têm que estar de braços dados o maior tempo possível. Eventos culturais podem e devem ter em seus planejamentos a força de visibilidade que promova também o turismo. E para isso tem que se ter, além de competência e poder de articulação, visão de futuro e coragem.
Muito tenho me perguntado do porque da existência das "baixas temporadas"... Ora, eventos bem montados e bem divulgados têm o poder de fazer com as tidas baixas temporadas sejam minimizadas ou até mesmo anuladas... Existe muita gente que se dispõe a ver bons eventos. Mas tem que ser bons de fato. Para merecerem a divulgação boca a boca para o próximo ano. O turista vem. Assiste. Gosta. Volta e divulga para seu círculo de amizades e grupos afins...
Onde fica Sucupira, quer dizer, Itatiaia nisso?
Na improvisação. No ôba ôba. Tá me vendo aqui? Olha só quem tá do meu lado! Sorte dessa gente que tem a Malu Mader, generosa, benevolente... aquele anjo de Anos Dourados. Entende a pequenez do raciocínio de administradores que querem se fazer grande ao invéz de pensar grande.
Mais um esforço perdido. Jogado pela lata do lixo. Que mídia isso vai dar? Que visibilidade trará para a cidade? Quem está sabendo disso?
Talvez as famílias dos políticos locais (afinal até eu queria uma foto com a Mader - o Beloto que me perdoe), o pessoal da administração e os turismólogos e culturólogos...
Ah! que falta faz um Gabeira numa cidade dessas. Tanta gente boa que precisa ser ouvida e participar da gestão da cidade...
Mas vamos esperar com calma. O homem que prometeu mudanças chega dia primeiro de janeiro...Vamos torçer que sua bagagem venha cheia de "coerência" de "plano de governo" sério, de espírito público e humildade. É um homem de turismo. Vive do meio ambiente que o cerca.
Espero que tenha força e ânimo para desmontar o circo. E mais que tudo: ENTUSIASMO. A palavra mais bonita e forte de nossa língua porque quer dizer: TER DEUS DENTRO DE VOCÊ!
O tempo nos dirá e nos verá... espero que entusiasmadamente!
Mais um "evento" em Itatiaia que ninguém fica sabendo... Eu, pelo menos, só soube aqui pelo blog, quando já tinha programado outra coisa para fazer. Não vi cartaz, não vi faixa, não vi nada... Uma pena! Numa cidade que já não tem nada, isso é um desperdício. E depois, para uma mostra de cinema seria preciso que o espaço utilizado pelo menos lembrasse um cinema. Coisa deprimente, que detona até o próprio filme...
De fato, eu também não soube deste evento. Para quê fazer, se não sabem divulgar???
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