Nem sempre a água distribuída à população pela Prefeitura de Itatiaia está totalmente boa para o consumo. Nos últimos relatórios mensais, apresentados pelo governo por exigência de lei no site oficial da prefeitura (veja endereço abaixo), as análises têm demonstrado a presença de coliformes, inclusive fecais, em diversos bairros da cidade, como Jardim Itatiaia, Vila Flórida, Centro e Vila Pinheiro, entre outros. A turbidez, ou falta de transparência da água, é outro problema que já ultrapassou o valor máximo permitido, como aconteceu na Vila Carolina no dia 18 de junho, quando o valor registrado foi de 9,99, e na Vila Esperança no dia quatro de junho, com 9,74. O governo diz que os problemas são causados pela ausência de filtragem da água, que é distribuída in natura à população, e pela constante falta de energia elétrica nos equipamentos que injetam cloro gasoso.
O secretário municipal de meio ambiente, Valter Lúcio da Silva, explica que a prefeitura, por não possuir uma estação de tratamento, distribui a água como captada nos rios, e que recebe apenas cloro gasoso. O secretário garante, porém, que a água bruta é de “excelente qualidade, captada em mata nativa”, mas reconhece que se houvesse filtragem ela não teria os índices de turbidez apresentados, nem chegaria às torneiras, como tem acontecido, com pedaços de folha e galho ou pequenos insetos. Na maior adutora, que abastece o Centro e vários outros bairros, a água é captada no rio Campo Belo próximo à pedra do Último Adeus, e percorre um canal de cerca de 800 metros a céu aberto. A contaminação na água, segundo os técnicos, é causada quase sempre pela decomposição das folhas no rio ou no canal, e também pelos animais que habitam o Parque Nacional e deixam urina e fezes caírem na água. Vez ou outra um ou outro animal morre no canal, e é retirado pelos funcionários da prefeitura pouco antes de chegar às tubulações de distribuição.
Marcelo Costa Santos Pinto, que trabalha no laboratório de análise da água em Itatiaia, explica que os coliformes têm aparecido por causa das constantes interrupções de energia elétrica nos pontos de cloração, o que faz com que muitas vezes no mês, por até duas horas ou mais, a água siga para as residências sem cloro, que é o único potabilizante utilizado no município.
Valter garante que hoje não existe mais falta de cloro, como acontecia há alguns anos, pois a compra é calculada para o ano todo. Segundo ele o governo utiliza, em média, um cilindro de 50 quilos a cada três ou quatro dias, e que recentemente foi instalado um Manifold, equipamento que permite instalar até quatro cilindros de uma só vez, e que desliga a válvula do que acabou e liga a de um novo, o que faz com que o cloro nunca pare de ser injetado na água, a não ser quando acaba a eletricidade.
O secretário municipal de meio ambiente, Valter Lúcio da Silva, explica que a prefeitura, por não possuir uma estação de tratamento, distribui a água como captada nos rios, e que recebe apenas cloro gasoso. O secretário garante, porém, que a água bruta é de “excelente qualidade, captada em mata nativa”, mas reconhece que se houvesse filtragem ela não teria os índices de turbidez apresentados, nem chegaria às torneiras, como tem acontecido, com pedaços de folha e galho ou pequenos insetos. Na maior adutora, que abastece o Centro e vários outros bairros, a água é captada no rio Campo Belo próximo à pedra do Último Adeus, e percorre um canal de cerca de 800 metros a céu aberto. A contaminação na água, segundo os técnicos, é causada quase sempre pela decomposição das folhas no rio ou no canal, e também pelos animais que habitam o Parque Nacional e deixam urina e fezes caírem na água. Vez ou outra um ou outro animal morre no canal, e é retirado pelos funcionários da prefeitura pouco antes de chegar às tubulações de distribuição.
Marcelo Costa Santos Pinto, que trabalha no laboratório de análise da água em Itatiaia, explica que os coliformes têm aparecido por causa das constantes interrupções de energia elétrica nos pontos de cloração, o que faz com que muitas vezes no mês, por até duas horas ou mais, a água siga para as residências sem cloro, que é o único potabilizante utilizado no município.
Valter garante que hoje não existe mais falta de cloro, como acontecia há alguns anos, pois a compra é calculada para o ano todo. Segundo ele o governo utiliza, em média, um cilindro de 50 quilos a cada três ou quatro dias, e que recentemente foi instalado um Manifold, equipamento que permite instalar até quatro cilindros de uma só vez, e que desliga a válvula do que acabou e liga a de um novo, o que faz com que o cloro nunca pare de ser injetado na água, a não ser quando acaba a eletricidade.
O que são coliformes? - Os coliformes são bactérias formadas por grupos de diferentes gêneros que habitam o intestino de mamíferos, como o homem, e sua ausência ou presença serve de parâmetro microbiológico para determinar a qualidade da água para consumo humano. A prefeitura avalia a presença de coliformes totais, que são associados à decomposição de matéria orgânica, e os coliformes termotolerantes, ou fecais, que são associados às fezes de animais de sangue quente. Os dois tipos de coliformes têm aparecido nas amostras de água distribuída à população, o que pode significar uma contaminação e risco à saúde pela presença de organismos patogênicos. O governo, porém, não informou a quantidade de coliformes observados nas amostras.
E a estação de tratamento? - Esses problemas da água seriam resolvidos, pelo menos em parte, se a estação de tratamento comprada pela prefeitura em 2003 estivesse funcionando. O governo, porém, não informou até agora, o que teria acontecido com a estação modular, que já está paga. Uma das informações é que o fabricante teria falido; outra, mais recente, é que a empresa estaria pedindo mais um reajuste do valor do contrato, por ter tido que guardar o equipamento por tanto tempo. Não se sabe, também, se existe mesmo um processo judicial cobrando o equipamento do fabricante (veja reportagem neste blog na editoria Política do dia 16 de junho).
Veja os laudos da qualidade da água em Itatiaia em:
3 comentários:
É realmente espantoso a falta de respeito à população de Itatiaia, por parte da prefeitura, em relação a água servida ao povo. Duvido que algum município do Brasil tenha condições melhores para captação de água, diretamente de uma unidade de conservação (PNI), com a lei da gravidade a seu favor. É inadimissível que em 19 anos nenhum prefeito tenha tido a postura correta nesse sentido. A estória da falta de eletricidade, o fato de termos 800 metros de canal correndo a céu aberto e os constantes casos de animais mortos dentro desse canal, por si só mereciam denúncia ao Ministério Público por omissão quanto à saúde da população.
Acredito que grande parte deste descalabro no fornecimento de água de Itatiaia é de sua população, que acha uma grande vantagem não ter que pagar pela água fornecida, fazendo com que os governantes, que só se preocupam com a política e não com a administração eficiente, deixem tudo como está. Somente quando tivermos ADMINISTRADORES é que esta cidade verá que sua vocação é para o turismo, é como dormitório de qualidade, que só poderá ser conseguido com a criação de um organismo para cuidar da água e do esgoto de nossa cidade; será atraindo moradores das classes mais privilegiadas é que nossa cidade começará a pensar em crescer.
Em conversa com uma grande amiga, que teve a oportunidade de trabalhar em governos diversos em Itatiaia, ouvi uma coisa estarrecedora: os problemas gerados pela dita "maravilhosa água de Itatiaia", como diarréia nas crianças, viroses diversas, contaminações e febres, são fruto do vaidoso "ufanismo" indecente desses caipiróides que acreditam piamente que a água não precisa de tratamento algum ou, quando muito, de um pouco de cloro... São irresponsáveis e levianos. Se têm um probleminha no ar, enfiam cloro na água (a ponto de se ter em algunas lugares água da cor do leite) e tudo se resolve. Esses defensores da pureza do líquido vital se esquecem ou fingem esquecer que o tratamento precaríssimo dos esgotos e a proliferação de invasões e assentamentos que eles incentivam a ser feitos (para garantir suas eleições) vêm contaminando de forma sutil todo o lençol e a malha hídrica da cidade... Sonho em ver, um dia, essa cidade gerida por gente que sabe montar e executar um plano diretor com consistência... com uma visão de futuro que consiga ultrapassar, pelo menos, os muros de suas prórias casas... Enquanto isso, é guerra de promessas e repetição de mentiras. Será que Itatiaia merece os governos que tem tido? Velasquez que o diga...
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