O prefeito Jair Alexandre (PSDB) garantiu que entregará o governo “sem nenhum empréstimo a pagar”, mas que a prefeitura “tem dívidas para até daqui a uns 20 anos, para vários prefeitos pagarem”, e acusou novamente seu antecessor Almir Dumay Lima (PMDB) de ter deixado esses débitos. Em 2005 o prefeito assumiu dizendo ter encontrado a prefeitura “com mais de R$ 20 milhões de dívidas do governo anterior”, falta de documentos, prédios municipais em péssimo estado de manutenção e frota de veículos sucateados, e para comprovar o que dizia mandou expor perto da prefeitura dezenas de carros, tratores e ambulâncias quase totalmente destruídos, até sem motor.
Arquivo
Carros sucateados da prefeitura foram expostos em 2005.
Hoje, segundo o prefeito, entre as várias dívidas da prefeitura, existe ainda cerca de R$ 6,6 milhões com o INSS e cerca de R$ 5 milhões com o Iprevi, o instituto de previdência dos servidores municipais, que foram negociados e parcelados em 240 meses. O prefeito explicou que essas dívidas estão sendo pagas desde “o início do meu governo”, e que foram parceladas em duas décadas “para não prejudicar o município”, mas que o débito ainda é grande, e que “não pára de crescer”, pois têm juros e correção monetária.
– Vou entregar este ano a cidade linda e maravilhosa, bem diferente de como a recebi em 2005, e com toda a lei de responsabilidade fiscal cumprida – disse Jair, que garantiu também que fará a transição disponibilizando toda a documentação que for solicitada pelo prefeito eleito Luis Carlos Ypê, embora não vá permitir que os representantes do novo prefeito entrem nas secretarias para verificar os papéis – “a prefeitura é do povo e não minha, mas até o dia 31 de dezembro o prefeito sou eu, e até lá os documentos são nossos, de nossa responsabilidade”, diz.
– Vou entregar este ano a cidade linda e maravilhosa, bem diferente de como a recebi em 2005, e com toda a lei de responsabilidade fiscal cumprida – disse Jair, que garantiu também que fará a transição disponibilizando toda a documentação que for solicitada pelo prefeito eleito Luis Carlos Ypê, embora não vá permitir que os representantes do novo prefeito entrem nas secretarias para verificar os papéis – “a prefeitura é do povo e não minha, mas até o dia 31 de dezembro o prefeito sou eu, e até lá os documentos são nossos, de nossa responsabilidade”, diz.
O prefeito também confirmou que estão sendo dispensados, gradativamente, todos os cargos em comissão da prefeitura, e que para ocupar algumas das vagas, estão sendo chamados “cerca de 180 concursados”, que começarão a trabalhar ainda este ano. Quanto ao abono natalino para os servidores, Jair disse que acredita que “ele poderá ser possível, mas não sei quando e de quanto”, e voltou a dizer que tudo dependerá dos pagamentos de IPTU pelos contribuintes – “não tenho bola de cristal, tudo que disser agora será suposição, teremos que esperar para ver a arrecadação”, disse.
Um comentário:
não acredito que, após tantas contradições e inverdades ditas durante a campanha, o prefeito Jair Alexandre se ofenda em receber auditoria de suas contas. Trataria de ser uma prova inequívoca de sinceridade eleitoral e administrativa que agradaria em muito aos eleitores tanto do Jair quanto do Luis Carlos e, também, aos demais (aqueles que foram até o final acreditando nas bravatas e artimanhas do Almir). Jair é um homem sério. E o Luis Carlos também. Não acredito em caça às bruxas pelo lado do Ypê... ele sabe que quem bate também se machuca: é uma lei antiga de ação e reação... Mas cobrar transparência é uma prerrogativa de homens de bem... e do bem. O Ypê precisa se proteger de formigas carregadeiras que podem sucatear seus ramos antes mesmo deles cerscerem. Jair não deve ter nada a temer. A população fala muito, conta causos, difama... mas não tem o mais importante: capacidade de REAÇÃO SOCIAL. A maioria ainda age como boi no pasto. E quando berra é por comida. Basta uma cesta básica aqui e outra acolá, que tudo volta ao normal. Durante a campanha estive na padaria da Prefeito Assumpção tomando um café. Me diverti muito, com uma mulher, figura folclórica da cidade, que dizia sempre "fulano só diz besteira", não sei o seu nome. Afinal, nem sei para quem ela pedia votos, porque no entender dela, todos eram "uns ignorantes"... Mas elogiava muito o Silvinho (soube então que a filha tinha lá algo com ele) e que, para ela, era o tal... No seu discurso entre dentes ela garantia, que seu candidato iria fazer uma devassa nas contas do Jair. Coisa de revanchismo, sangue na boca, pobre dela... Pobre mesmo: perdeu lá (Resende) e aqui. O bem vence. Auditoria não é revanchismo, é, antes de tudo, auto-proteção! Que fique claro para todos como se pegou um governo... E tornar isso público é uma obrigação! Jair, Dulce e secretários não devem temer nada disso... E vão entender a atitude dos que entram. O povo vai agradecer. Com certeza.
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