A região do Alto Rio Preto, na qual estão as vilas de Mauá, Maringá e Maromba, vão ganhar obras de saneamento e urbanização e um novo conceito de pavimentação e contenção de encostas nas rodovias de acesso, chamado de estrada-parque. A comunicação sobre o início das obras e uma avaliação de como andam os projetos foi feita pelo ministro do meio ambiente, Carlos Minc, o vice-governador e secretário estadual de obras, Luiz Fernando Pezão, e a secretária estadual do ambiente, Marilene Ramos, em encontro realizado no domingo em Mauá, no colégio estadual Antonio Quirino. Também estiveram presentes os prefeitos eleitos de Itatiaia, Luis Carlos Ypê, e de Resende, José Rechuan Junior, e as vices-prefeitas eleitas de Itatiaia, Gilda Molica, e de Bocaina de Minas, Conceição de Carvalho Salgado.
.Pezão, Marilene Ramos e o ministro Carlos Minc, em Mauá
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A pavimentação, a contenção de encostas e a construção de mirantes nos quinze quilômetros e meio da rodovia RJ-163, que liga Penedo a Mauá, e nos cinco quilômetros da RJ-151, que liga Mauá a Maromba, irão obedecer a um novo conceito de engenharia e arquitetura, e é o primeiro projeto do tipo na América Latina. O novo conceito, chamado de estrada-parque, reunirá pesquisas e trabalhos de engenheiros, urbanistas, paisagistas, geógrafos e biólogos, a maior parte deles da Universidade do Estado do Rio (Uerj). Os materiais usados na pavimentação devem ser diferentes dos que são conhecidos e utilizados hoje, informa um dos responsáveis pela obra, o engenheiro Josué Setta, e levarão em conta não ter resíduos poluidores e uma forma dos veículos trafegarem em baixa velocidade. Setta disse que existe também a preocupação da estrada ser, muito mais do que um acesso, uma forma de passeio ecológico e turístico, com total respeito à flora e fauna da região. No projeto estão previstos 13 zoopassagens, ou bichodutos, túneis ou passarelas para serem utilizados pelos animais da região, com objetivo de se evitar atropelamentos, das cerca de 300 passagens naturais estudadas com auxílio de GPS – “se os bichos souberem o trabalho que tivemos, eles vão passar só para prestigiar a gente”, brincou Josué. As contenções de encostas, a proteção cultural e urbanística, o turismo sustentável e a minimização de intervenção na natureza são outros quesitos pensados para a primeira estrada-parque do país, segundo os pesquisadores da Uerj, entre eles José Alexandre Pimenta Carvalho. Até as placas, segundo eles, serão diferentes, pois também trarão informações para conhecimento e respeito à vida e ao ambiente da região.
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Prefeitos e vices eleitos de três municípios: Luis Carlos Ypê, José Rechuan Junior, Conceição de Carvalho Salgado e Gilda Molica
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Mauá, Maringá e Maromba, localizadas na região conhecida como Alto Rio Preto, por causa do rio que corta as vilas, serão urbanizadas e saneadas. As licitações deverão estar concluídas até esta sexta-feira. O projeto, orçado em R$ 12,5 milhões, com verba do Prodetur (Programa de Desenvolvimento do Turismo do Rio) e do Bird, prevê a construção de redes coletoras de água pluviais e esgotos e uma estação de tratamento, que terá como meta evitar a continuidade da poluição do Rio Preto. A urbanização das vilas será feita com ruas em paralelepípedos e blocos de granito e calçadas em ladrilhos azuis, e ainda arborização e remanejo e renaturalização dos córregos. Mauá irá ganhar também um Centro de Turismo e de Artesanato, com anfiteatro, museu, biblioteca e área para lojas de café, e um segundo andar com salas para os órgãos dos governos federal, estadual e municipal, para que cuidem da gestão dos ambientes. A idéia, segundo o técnico Setta, é mais tarde esconder os postes e fios e instalar um telescópio no Centro de Turismo, que será construído onde hoje está o prédio de refrigeração de leite.
Também está sendo previsto criar na região, além de um parque estadual, um municipal, o Parque Natural Municipal da Pedra Selada, que terá nesta sexta-feira uma audiência pública em Visconde de Mauá, às 17 horas, no Centro de Gestão Sócio-Ambiental Integrada, com o objetivo de reunir moradores, entidades comunitárias e representantes da Amar, a Agência do Meio Ambiente de Resende, para discutir a questão.
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Os projetos, segundo o vice-governador, serão os primeiros a serem desenvolvidos no estado com recursos do Prodetur, já que “há mais de dez anos só eram aprovadas verbas para o nordeste”. Pezão disse que o governo do estado já investiu até agora cerca de R$ 40 milhões na região para o desenvolvimento do turismo, e que “Mauá é a jóia rara da coroa”.
– O Brasil cada vez mais tem que investir no turismo, porque esse é um dinheiro que retorna – disse o vice-governador, calculando que até o dia 20 de janeiro deverá acontecer a audiência pública para discutir os projetos – “ninguém quer trazer prejuízos para cá, o que prometemos estamos tirando do papel”, garantiu.
A secretária do ambiente, Marilena Ramos, acha que o início das obras demorou um pouco, já que os projetos foram apresentados em Mauá há um ano e meio, com a presença do governador Sérgio Cabral, mas que “isso é comum no governo, e existe a burocracia, as muitas licenças, e tudo aqui em Mauá tem que ser criterioso, cuidadoso”, falou.
O ministro Minc disse que há 20 anos acompanha as discussões sobre a estrada, e que muitas pessoas desistem de ir para a região por causa do acesso, que agora começa a ser resolvido com a assinatura pelo estado do primeiro decreto para uma estrada-parque – “entre um melhor acesso ou mais preservação, ficamos com os dois”, falou o ministro, que afirmou ainda que o saneamento das vilas também será importante, porque “o rio começa a se deteriorar e cheirar mal”.
Carlos Minc pediu aos prefeitos que se unam na preservação da região, e que utilizem as salas do Centro de Turismo e Artesanato para suas ações e fiscalização com base nos planos diretores, e brincou com Luis Carlos Ypê, dizendo que espera que ele “cuide do município como cuida do seu Hotel do Ypê, que tem a melhor varanda de pássaros do Brasil”. O ministro também falou sobre o ICMS verde, e mostrou aos prefeitos que as obras farão com que os municípios arrecadem mais, desde que haja fiscalização.
A secretária do ambiente, Marilena Ramos, acha que o início das obras demorou um pouco, já que os projetos foram apresentados em Mauá há um ano e meio, com a presença do governador Sérgio Cabral, mas que “isso é comum no governo, e existe a burocracia, as muitas licenças, e tudo aqui em Mauá tem que ser criterioso, cuidadoso”, falou.
O ministro Minc disse que há 20 anos acompanha as discussões sobre a estrada, e que muitas pessoas desistem de ir para a região por causa do acesso, que agora começa a ser resolvido com a assinatura pelo estado do primeiro decreto para uma estrada-parque – “entre um melhor acesso ou mais preservação, ficamos com os dois”, falou o ministro, que afirmou ainda que o saneamento das vilas também será importante, porque “o rio começa a se deteriorar e cheirar mal”.
Carlos Minc pediu aos prefeitos que se unam na preservação da região, e que utilizem as salas do Centro de Turismo e Artesanato para suas ações e fiscalização com base nos planos diretores, e brincou com Luis Carlos Ypê, dizendo que espera que ele “cuide do município como cuida do seu Hotel do Ypê, que tem a melhor varanda de pássaros do Brasil”. O ministro também falou sobre o ICMS verde, e mostrou aos prefeitos que as obras farão com que os municípios arrecadem mais, desde que haja fiscalização.
Também participaram do encontro em Mauá os novos secretários, de Itatiaia, Roberta Dias de Oliveira (turismo), Domingos Andrade Baumgratz (meio ambiente) e Ronaldo Moreira Diniz (obras), e de Resende, Paulo José Fontanezzi (meio ambiente) e o presidente da Amar, Luis Felipe César.
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