Fotos do foliões do Ecofolia 2009

Veja aqui as fotos do Ecofolia 2009, o Carnaval de Itatiaia.

21 de dezembro de 2008

Moradores do Jardim Itatiaia têm casas invadidas pelas águas da chuva

Moradores das Ruas 13 e 14 no Jardim Itatiaia tiveram suas casas invadidas pelas águas da chuva forte que caiu nos últimos dias na cidade, e reclamam que há muitos anos vêm tentando conseguir que a prefeitura mande desentupir os bueiros ou faça a ampliação da rede de captação das águas pluviais no local, que, segundo eles, são os responsáveis pela inundação. Por estar numa parte mais baixa do bairro, as casas recebem a água da chuva de várias ruas vizinhas.
.
Moradores mostram a mancha no muro, indicando a altura da água
.
Ivonete Costa da Silva, moradora da Rua 14, conta que a água chegou à sua cintura na entrada de seu quintal, e a correnteza arrancou a pilastra que sustentava seu portão de ferro. Dentro de casa, que fica numa área mais alta do terreno, a água chegou pouco abaixo dos joelhos, e molhou estofados e móveis e soltou e trincou o piso de cerâmica. Dois Fuscas que estavam no quintal ficaram com os bancos e carpetes encharcados.
– Tudo aconteceu muito rápido, e só deu para a gente ficar olhando a água subir, subir... e tentar salvar o que dava, como minhas compras, que estavam num armário baixo da cozinha – contou a moradora, que contou também que chegou a pensar que a cidade tinha sido atingida de novo por uma tromba d´água.
Outra moradora, Maria Elza de Souza, que mora na Rua 14, disse que a água “subiu rápido mesmo e tinha muita correnteza”, e que esse problema existe “há mais ou menos 15 anos, só que desta vez foi maior”. Para ela, a água corre pelas ruas mais altas, passa pelos bueiros entupidos e vai toda para o local de sua casa e dos vizinhos, que ficam num ponto mais baixo do bairro, passando pelos quintais e por terrenos baldios e carregando muita lama e mato.
Elza contou que o prefeito Jair Alexandre Gonçalves (PSDB) esteve no bairro três vezes este ano vistoriando o problema e conversando com os moradores, prometeu ajuda e até agora nada foi feito.– O prefeito esteve aqui, a primeira vez depois daquela primeira inundação na cidade em março, e a última agora a uns 20 dias, e disse que iria mandar passar a máquina e limpar os bueiros, e chegou a dizer que faria no dia seguinte, e até agora não temos solução – disse a moradora, cuja história foi ouvida e confirmada pelos vizinhos.
.
Móveis e dois Fuscas encharcados na casa de Ivonete da Silva
.
Kátia Mara Alves da Silva mostrou o que seria um início de obra para desentupir um bueiro num terreno baldio próximo à sua casa, um buraco feito por funcionários da prefeitura, e que já está quase totalmente aterrado de novo porque a obra não foi concluída. Kátia disse que está tentando vender a casa, mas que não encontra compradores, e teme que esse problema das inundações constantes desvalorize muito a propriedade.
– Moro aqui há mais de 10 anos, e essas ruas sempre inundaram, e a gente nunca conseguiu apoio da prefeitura, em nenhum governo, e desta vez a água subiu muito, o que nos preocupou mais – contou.
Diversos bueiros nas ruas estão destampados, e alguns cheios de muita lama, galhos e mato. Os moradores reclamam que os terrenos baldios, que eles chamam de “áreas verdes”, não têm manutenção pelos proprietários, e que além de ser criatórios de ratazanas, são os responsáveis pela quantidade de mato e lama que acabam nas ruas e casas.
.
Os bueiros estão cheios de mato e lama ou destampados
.
Numa avenida próxima, a Lauro Mendes Bernardes, ou Avenida Dois, o casal Reginaldo e Georgina Gonçalves Tada contou que a água não chegou a invadir sua casa, mas inundou toda a via, que é a principal do bairro. Luiz Eduardo Fernandes de Souza, que trabalha na secretaria do Colégio Estadual Ezequiel Freire, que também fica na área alagada, diz que com “qualquer chuvinha a água chega no tornozelo, e os alunos ou ficam no colégio ou saem no meio da água”. Durante a chuva de quinta-feira, conforme contou, “nem carro tentou passar nesse trecho, pois não dava, era muita água”. Luiz contou também que próximo do colégio existe um bueiro que já teve a tampa quebrada várias vezes, pelo peso de caminhões e ônibus que param em cima, e que da última vez colocaram “três pedaços de madeira grossa em cima, muito mais resistente, mas que acabou boiando na inundação, deixando o bueiro aberto e muito perigoso”, falou.

Um comentário:

Anônimo disse...

Situação lamentável. O sr. Jair já esteve no local em outras oportunidades e prometeu empenho na busca da solução. Ficou apenas na promessa. Como perdeu a eleição, os moradores já não podiam esperar nada mais da prefeitura. O que deveria ter sido feito era os moradores atingidos acionarem judicialmente a prefeitura, vez que a tragédia já se anunciava. Todos os anos com a chegada do período da chuva acontece a mesma coisa e a prefeitura não toma as providências para evitar tais danos. Oxalá o novo prefeito se empenhe para se não eliminar de vez o problema, ao menos amenizá-lo.